Semeando Ciência finaliza projeto no Nordeste de Amaralina com intervenção na comunidade

Os alunos apresentaram para comunidade o resultado do projeto de intervenção na comunidade e depois participaram de confraternização com o corpo docente do Semeando.

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Na semana passada mais uma turma finalizou as atividades do projeto Semeando Ciência do Pacto pela Vida. A segunda turma da comunidade do Nordeste de Amaralina encerrou as atividades com apresentação dos resultados da intervenção que fizeram na comunidade sob a orientação da psicóloga Fernanda Firmo.

Fernanda explicou que durante seis meses fizeram um projeto de pesquisa sobre os temas escolhidos para que em seguida fosse apresentado à comunidade. “A intenção é trazer para comunidade informações sobre o tema escolhido. Aqui os temas escolhidos foram conservação dos equipamentos públicos e drogas”, pontuou a psicóloga.

A turma do turno matutino apresentou o tema de conservação dos equipamentos públicos através de um seminário e mostraram fotos de equipamentos da comunidade que sofreram com o vandalismo além de mostrar as causas, consequências e maneiras de evitar essa situação.

A turma do turno matutino trabalhou com o tema de preconceito com usuários de drogas e mostraram através de uma peça de tratado a impressão deles de como o usuário deve ser tratado.

A jovem Mayra Pereira, da turma da tarde, falou do processo de construção da peça e do processo de pesquisa. “No começo deu um pouco de dor de cabeça para construir as cenas, mas depois ficou tudo bem. Durante a pesquisa eu tive contato com o usuário. Foi bom por poder encarar a realidade e que não é um caminho a ser seguido. Mas não pode ter preconceito, é como uma doença que a pessoa tem que ser tratada, não discriminada”, finalizou a estudante.

Este trabalho de intervenção na comunidade é desenvolvido em todas as localidades onde o projeto atua. Já foi apresentado em Fazenda Coutos e agora no Nordeste de Amaralina, e na Federação está em construção. Esta é uma atividade extra que vai além das aulas de formação humana e helpdesk que os alunos já desfrutam durante todo curso de formação de suporte ao usurário de informática.

O Semeando Ciência no Pacto Pela Vida é um projeto fruto da parceria da Avsi Nordeste com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e é financiado pela União Europeia.

A Origem do Nordeste de Amaralina

Antes: Fazendas… Hoje: Um Bairro que abriga outros bairros –> O Nordeste de Amaralina

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Com base no livro Memórias da Região Nordeste de Amaralina, o espaço físico em que se desenvolveu a Região Nordeste de Amaralina, na segunda metade do século XIX, era composto por quatro fazendas que mais tarde foram loteadas:Amaralina (antiga Fazenda Alagoas), Ubaranas, Pituba e Santa Cruz.Essas fazendas pertenciam, originalmente, à sesmaria Ilha de Itaparica. Com a falência do sistema de capitanias hereditárias, os nobres portugueses tomaram posse das terras.

A gleba do Rio Vermelho, que abrangia toda a região do final de Ondina até a Praia de Armação passou aos netos do Visconde do Rio Vermelho. Estes iniciaram um processo de urbanização através de uma sociedade por ações intitulada Cidade da Luz, dividindo as terras em seis fazendas: Fazenda Paciência, Fazenda Alagoas, Fazenda Santa Cruz, Fazenda Ubaranas, Fazenda Pituba e Fazenda Armação do Saraiva (TRAÇOS E LAÇOS, 2006, p.11).

A Prefeitura de Salvador aprova, em 1932, a criação dos loteamentos: Cidade Balneário Amaralina, Cidade da Luz (Pituba), e Ubarana, que se constituíram em regiões de veraneio para a elite baiana da época. Inicialmente formada por uma pequena colônia de pescadores, iniciando assim uma ocupação marginal nas áreas das fazendas pela população pobre que vinha em busca de empregos. O primeiro núcleo populacional do Nordeste de Amaralina localiza-se na área do Loteamento Ubaranas.

Nas áreas da Fazenda Pituba, que ia da orla até o bairro de Brotas, envolvendo a Santa Cruz e o Parque da Cidade, a ocupação foi mais difícil, porque o administrador desta fazenda, Sr. Joventino Pereira da Silva, colocava seus capangas para proteger a propriedade. Por isso o loteamento Santa Cruz teve aprovação da prefeitura em 1954, apesar de ter sido proposto em 1951.

Dados da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente mostram que até 1944 apenas 1.320 pessoas residiam nessa área, passando, 10 anos depois, a ter 5.083 moradores. Houve uma intensificação na ocupação deste bairro a partir das décadas de 60 e 70, modificando as características da região. Sendo que os principais atrativos para a ocupação deste complexo (já que envolve outros bairros) foram à pavimentação da via que ligava Amaralina à Pituba, ainda em 1949, facilitando o acesso e o crescimento econômico da cidade e impulsionado pela criação da Petrobrás, em 1953.

Nessa época a maior invasão de Salvador estava localizada no Subúrbio Ferroviário, o bairro de Alagados, e o Nordeste de Amaralina era tido como a segunda maior invasão da cidade, já que não tinha os serviços básicos para oferecer a comunidade, por isso ela teve que se organizar cedo. Em 1957, cria-se a Sociedade de Defesa dos Moradores do Nordeste de Amaralina e Adjacências, com caráter reivindicatório, porém por causa do período da ditadura militar, ela e fechada e posteriormente se transforma na primeira escola comunitária do bairro: Creche Coração da Mamãe, existente na localidade até hoje e que é situada na Rua Alto da Alegria.

Na década de 1960, com a vinda da italiana Anna Sironi para a Região, inicia-se também uma organização de cunho católico, com a construção de duas igrejas, uma associação de moradores e uma escola comunitária.

E em 17 de Junho de 1978 a identidade da Região foi homologada através do Decreto-Lei nº. 5.403/78, assinado pelo Prefeito Fernando Wilson, com a criação da Zona Homogênea Nordeste de Amaralina, que abrangia os quatro bairros já citados anteriormente. Esse decreto visava assegurar a criação de uma reserva ambiental, possibilitando um melhor planejamento urbano daquela área.

Por que este nome: Nordeste de Amaralina?

Segundo a Lenda…

Moradores antigos comentam que o nome do bairro surgiu a partir de uma lenda. Conta que havia um moço muito rico da cidade que se apaixonou pela filha de um pescador, chamada Lina. Todos os dias o rapaz saia para ver a jovem, mas não podia revelar aonde ia, pois sua família não aceitaria o namoro. Por isso, quando questionado sobre para onde se dirigia, ele respondia: “Vou amar a Lina”. No entanto, as pessoas entendiam que o lugar para onde ele ia se chamava Amaralina. Com o passar do tempo, o nome da Fazenda Alagoas foi substituído pelo nome Amaralina. Da história de amor entre dois personagens: Amaral e Lina, surgiu a Região Nordeste de Amaralina.

Amaralina faz uma referência ao sobrenome Amaral, cuja linhagem descende do comendador Álvares do Amaral, proprietário da antiga Fazenda Alagoas.

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” Porém há quem afirme que o topônimo Nordeste de Amaralina é uma referência à região Nordeste do Brasil devido a concentração de pobreza.”

Como os invasores chegaram a este Bairro?

De acordo com informações do Sr. Araújo, mais conhecido peBlog 4lo apelido de Zé Paquinha, 39 anos de idade e 20 anos de residência no Nordeste, quando chegou ao bairro não havia quase nada do que existe hoje.
Em 1952 ou 53 começaram a aparecer os invasores. Quando eles chegavam para marcar os terrenos, a polícia atacava o pessoal e o povo corria. Mas, quando os PM’s “davam sopa” as pessoas retornavam e marcavam o chão. Isso acontecia constantemente até que eles desistiram de perseguir. A partir daí o negócio melhorou e o bairro tomou um impulso bem grande com os novos moradores. (Fonte: Jornal a Tarde 28/03/1972, cad.1, pág.62)
A comunidade da Rua Nordeste de Amaralina, localizada no Vale das Pedrinhas, reagem contra novos invasores. O grupo começou a ocupar terrenos que ficam no fundo das casas da rua principal, as áreas que antes eram destinadas ao lazer vem sendo ocupadas pelos invasores, causando problemas a rede de águas pluviais e a própria circulação de carros e pedestres.
Os invasores diziam ser protegidos politicamente por pessoas influentes. No entanto, os moradores prejudicados passaram a dirigir apelo ao prefeito Mário Kertesz, no sentido de evitar que se consumisse mais essa agressão a quantos respeitaram as diretrizes municipais deixando as ruas livres para entrada e saída, e de uma hora para outra oito invasores aparecem para se apoderar de uma área e prejudicar a todos que ali habitam e pagam os seus impostos.(Fonte: Jornal a Tarde 01/10/1986, cad 1, pág. 02)

Conversando com os moradores:

Blog 5Srº José Silva “seu Pelé” (60 anos): Conta que reside na Rua Jutahy Magalhães, localizada na Região Nordeste de Amaralina – Santa Cruz, desde 1974. Comprou o terreno que hoje é sua residência em 1963 na mão de Márcio Borges dono da Fazenda Santa Cruz, porém não teve pressa para construir. Anteriormente morava com sua mãe na Curva Grande (Garcia), porém como houve desativação daquela área próxima ao DPT, veio alugar uma casa nesta rua enquanto não iniciava a construção da sua casa. Lembra que quando chegou a esta rua era um caminho muito apertado, cheio de barro, nos lados bastante mato, que até para passar com  material no carro de mão ou no animal era muito complicado, por ser muito estreito.

De maneira geral o bairro não tinha muitas casas, comércio aqui próximo, só me recordo do Depósito de Seu Barriga que existe até hoje vendendo bebidas, fica ali na rua Gilberto Maltez no Vale das Pedrinhas, mas antes ele ia à feira e colocava vários produtos para vender na porta de casa.
Asfalto aqui demorou um pouco, tive que fazer vários abaixo-assinado e levar constantemente para os políticos tomar providências e pavimentar nossa rua.
Os ônibus não vinham até o final de linha da Santa Cruz, Vale ou Nordeste como hoje, quem queria vir até a Santa Cruz descia no atual Parque da Cidade e subia pelo caminho que hoje é a Ladeira da Santa Cruz. Quem iria para o Nordeste, pegava o ônibus que fazia a linha Parque Cruz Aguiar, soltava no Rio Vermelho próximo ao Bompreço e a Escola Manoel Devoto e andava pelos caminhos para chegar no Vale das Pedrinhas e em seguida no Nordeste.
Hoje, apesar da violência e das muitas dificuldades enfrentadas pelos moradores, temos um bairro populoso com vários comércios pertinho da gente, escolas,  igrejas, farmácias, postos de saúde e também as Bases Comunitárias de Seguranças que por mais que algumas pessoas não gostem, eu percebi que contribuiu para amenizar a violência em nossa comunidade.
Blog 6Srº Jorge Brito (46 anos): Sou nascido e criado neste bairro, morava com meus pais na Rua João XXIII – Santa Cruz, lembro que tinha muito mato e terrenos baldio, pouquissimas casas e nas proximidades do Areal porcos e galinhas ficavam na rua como se tivessem numa fazenda. Tinha muita dificuldade para pegar ônibus, pois tinha que caminhar muito já que não tinhamos final de linha em nosso bairro. O bairro que é chamado hoje de Vale das Pedrinhas, tenho lembrança de ter sido o último que foi criado aqui, era uma extensa vala de esgoto, próximo a ela plantações de hortalícias e nas proximidades casas que vendiam carvão, porque a maioria dos moradores cozinhavam à lenha. Na gestão do prefeito Mário Kertesz fecharam esta vala, abriram uma pista e acharam no solo várias pedrinhas, daí o nome do bairro.
Policiamento era praticamente inexistente, a bandidagem agia livremente. Hoje, ainda há violência no bairro, porém com as bases há um policiamento frequente que ajuda a inibir as ações dos bandidos.
Quando me casei passei a morar na Rua Jutahy Magalhães, hoje tenho cerca de 23 anos nesta rua, ainda alcancei a rua sem asfalto, quando chovia a água adentrava em algumas residências. O asfalto que temos até hoje quem conseguiu foi a candidata a vereadora Cássia, amiga da prefeita Lídice da Mata, na verdade foi uma “borra de asfalto” para que os moradores deixassem de caminhar no barro. Porém favoreceu a coleta de lixo, hoje o caminhão pode passar para recolher em nossa porta. Mas, até hoje a população sofre com buracos na rua, esgostos descobertos, quando chove o lixo toma a rua e por ser um bairro pobre os políticos só olham para cá em época de campanha eleitoral, infelizmente ainda é a nossa realidade. Contudo, não posso negar que o bairro alcançou uma melhoria significativa.

Blog 7 Em 25 de Outubro de 2004 a comunidade N. de Amaralina ganhou a 1ª Delegacia (28ª CP) situada no Largo da Feirinha – Final de Linha.

  • Em 2004 foi criado oprograma de desenvolvimento integrado “o Viva Nordeste” liderado pela Secretaria do Trabalho, Ação Social e Esporte (SETRAS). Em 2007, o Viva Nordeste passou a se chamar CSU (Centro Social Urbano) sob a administração da SEDES, Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. Tal projetoveio para integrar a comunidade, por isso que foi desenvolvido em eixos que ligam cultura, esporte, geração de emprego e renda e organização comunitária.
  • Em 27 de Setembro de 2011 foram instaladas as bases comunitárias de segurança do complexo  de Amaralina: Nordeste de Amaralina, Santa Cruz e Vale das Pedrinhas, com 360 policiais – 120 em cada uma delas –, 16 viaturas e 25 câmeras de monitoramento. Visando a redução no número de ocorrências desta região.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO, Maria de Azevedo. Salvador: da transformação do centro à elaboração de periferias diferenciadas. In: LIMA, Paulo Costa (coord.). Quem faz Salvador.Salvador: UFBA, 2002.

CÂMARA, Marcos Paraguassu de Arruda. Os construtores do discurso sobre a cidade invisível. In: LIMA, Paulo Costa (coord.). Quem faz Salvador. Salvador: UFBA, 2002.

ESPINHEIRA, Gey. A cidade invisível e a cidade dissimulada. In: LIMA, Paulo Costa (coord.). Quem faz Salvador. Salvador: UFBA, 2002.

OLIVEIRA, Larissa. Inclusão Social no Nordeste de Amaralina. [Disponível em: http://www.lupa.facom.ufba.br/2008/11/inclusao-social-no-nordeste-de-amaralina/%5D

Secretaria Municipal do Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente. (Documento)

TRAÇOS E LAÇOS – Memória da Região Nordeste de Amaralina. Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte, Programa Viva Nordeste, Hora da Criança, Projeto Unindo Talentos. Salvador, 2006.

Site: http://www.nordesteusou.com.br/historia

Site: http://www.pactopelavida.ba.gov.br/base-comunitaria-de-seguranca/

Agradecimentos: Larissa Brito

Texto: Levi Batista, Iomar Lopes e Cassiele

Alunos do Semeando Ciência prestam serviço à comunidade do Nordeste de Amaralina

Durante 3 dias, moradores da comunidade do Nordeste de Amaralina tiveram à disposição o serviço gratuito de manutenção de microcomputadores e notebooks. O serviço foi oferecido pelos alunos do projeto Semeando Ciência no Pacto pela Vida como parte da atividade da disciplina de Helpdesk e aconteceu no Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina, onde são ministradas as aulas do projeto.

O Mutirão Digital, como foi denominada a atividade proposta pelo professor Fábio Crispim, estava prevista para acontecer nos dia 8, 9 e 10 de abril, mas por conta da chuva nos dois últimos dias, acabou sendo adiada para os dias 13 e 14 do mês corrente.

Durante o mutirão os alunos tiveram a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido durante as aulas, além de desenvolver habilidades no relacionamento com o cliente.

Para jovem Yasmim Cruz, 17, o mutirão foi muito proveitoso. “Eu não sabia como atender as pessoas, agora eu sei”. Questionada sobre a experiência de colocar em prática os conhecimentos a jovem fez uma avaliação positiva. “Eu pude ver o quanto o curso está sendo eficiente. E se tiver outro mutirão eu vou gostar”, concluiu Yasmim.

Os alunos foram divididos em equipes para realizar o atendimento à comunidade e ao final das atividades os jovens apresentavam ao professor um relatório referente a cada atendimento. Além da prestação de serviço à comunidade, outro fator positivo do mutirão foi a arrecadação de alimentos não perecíveis que serão doados Creche Luigi Giussani, localizada no bairro do Lobato.

A moradora da comunidade, Jamile da Silva, 44, gostou da iniciativa do projeto e falou que deveria acontecer mais vezes. “Pra mim foi ótimo, pois eu estava com 3 computadores em casa e não tinha condições de consertar. Aqui eu trouxe as peças que me pediram e não precisei pagar mão de obra. Pena que dura pouco, poderia continuar”, finalizou Jamile.

Os moradores que deixaram seus equipamentos para reparo e não retiraram durante o período do mutirão, poderão retirá-los durante o período de aula do projeto, que
acontecem de segunda à sexta das 7h30 às 11h50 e das 13h30 às 17h35.

O Semeando Ciência no Pacto Pela Vida é um projeto fruto da parceria da Avsi Nordeste com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e é financiado pela União Europeia.001 002

REDATOR: Levi Batista Santos.

Alunos do Semeando Ciência participam de Oficina de Blog

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Foto: MarianaCedrim

O Semeando Ciência no Pacto pela vida proporcionou aos jovens do projeto uma oficina de produção de conteúdo e gerenciamento de plataforma de blog. O blog da comunidade é um dos produtos finais do Semeando Ciência e tem como objetivo servir como informativo para os moradores das localidades onde o projeto atua, e, além disso, os jovens do projeto devem ser os principais administradores da plataforma.

A oficina é ministrada pela jornalista Mariana Cedrim e já foi realizada nas comunidades da Federação e Fazenda Coutos. Os alunos do Nordeste de Amaralina participarão da oficina durante esta semana.

Durante a oficina os alunos produzem textos e fazem simulação de postagens. Ao final da oficina os alunos se organizam em equipes para produzir matérias completas, com textos, fotos e vídeos sobre os equipamentos e/ou serviços públicos oferecidos na comunidade. As matérias produzidas serão postadas nos blogs e divulgadas na página do Facebook referente a cada comunidade.

Para a jovem da Federação Vanusa Cardoso a oficina foi legal, descontraída e uma oportunidade de aprender uma coisa nova. “Eu nunca tinha me interessado por blog e depois da oficina eu comecei a gostar”. A jovem falou ainda da experiência na construção da sua matéria que teve como tema o posto de saúde do bairro. “Foi diferente porque eu nunca tinha escrito para um blog, além de tudo, estou aprendendo mais sobre um órgão publico que eu nunca tinha pesquisado. Gostei da experiência e mesmo com algumas dificuldades valeu todo meu trabalho”, concluiu Vanusa.

Durante o processo de execução do trabalho os jovens contam com total assistência da jornalista para esclarecer toda e qualquer dúvida. A assistência é feita de maneira virtual através de redes sociais.

A Jornalista Mariana Cedrim, que ministra a oficina, acredita que os resultados serão positivos pela aceitação e desempenho dos alunos diante da atividade. “Foi muito gratificante a realização das oficinas na Federação e em Fazenda Coutos, espero que no Nordeste seja da mesma maneira. Os alunos interagiram bastante e mostraram habilidade no manuseio das ferramentas apresentadas durante a oficina. Algumas matérias já estão sendo corrigidas e em breve estarão disponíveis para a comunidade. Estou bastante otimista”, finalizou Mariana.

As matérias poderão ser conferidas a partir de 20 de maio nos endereços https://minhacomunidadefazendacoutos.wordpress.com/ https://minhacomunidadenordestedeamaralina.wordpress.com/ e https://minhacomunidadefederacao.wordpress.com/

O Semeando Ciência no Pacto Pela Vida é um projeto fruto da parceria da Avsi Nordeste com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e é financiado pela União Europeia.

Alunos do Semeando Ciência prestam serviço à comunidade do Nordeste de Amaralina

DSCN3360Durante 3 dias, moradores da comunidade do Nordeste de Amaralina tiveram à disposição o serviço gratuito de manutenção de microcomputadores e notebooks. O serviço foi oferecido pelos alunos do projeto Semeando Ciência no Pacto pela Vida como parte da atividade da disciplina de Helpdesk e aconteceu no Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina, onde são ministradas as aulas do projeto.

O Mutirão Digital, como foi denominada a atividade proposta pelo professor Fábio Crispim, estava prevista para acontecer nos dia 8, 9 e 10 de abril, mas por conta da chuva nos dois últimos dias, acabou sendo adiada para os dias 13 e 14 do mês corrente.

Durante o mutirão os alunos tiveram a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido durante as aulas, além de desenvolver habilidades no relacionamento com o cliente.

Para jovem Yasmim Cruz, 17, o mutirão foi muito proveitoso. “Eu não sabia como atender as pessoas, agora eu sei”. Questionada sobre a experiência de colocar em prática os conhecimentos a jovem fez uma avaliação positiva. “Eu pude ver o quanto o curso está sendo eficiente. E se tiver outro mutirão eu vou gostar”, concluiu Yasmim.

Os alunos foram divididos em equipes para realizar o atendimento à comunidade e ao final das atividades os jovens apresentavam ao professor um relatório referente a cada atendimento. Além da prestação de serviço à comunidade, outro fator positivo do mutirão foi a arrecadação de alimentos não perecíveis que serão doados Creche Luigi Giussani, localizada no bairro do Lobato.

A moradora da comunidade, Jamile da Silva, 44, gostou da iniciativa do projeto e falou que deveria acontecer mais vezes. “Pra mim foi ótimo, pois eu estava com 3 computadores em casa e não tinha condições de consertar. Aqui eu trouxe as peças que me pediram e não precisei pagar mão de obra. Pena que dura pouco, poderia continuar”, finalizou Jamile.

Os moradores que deixaram seus equipamentos para reparo e não retiraram durante o DSCN3406
período do mutirão, poderão retirá-los durante o período de aula do projeto, que
acontecem de segunda à sexta das 7h30 às 11h50 e das 13h30 às 17h35.

O Semeando Ciência no Pacto Pela Vida é um projeto fruto da parceria da Avsi Nordeste com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e é financiado pela União Europeia.

Semeando Ciência promove Mutirão Digital no Nordeste de Amaralina

panfletoComo parte do trabalho prático da disciplina de Helpdesk, os jovens do projeto Semeando Ciência no Pacto Pela vida prestarão serviços gratuitos de informática à comunidade do Nordeste de Amaralina. A atividade que foi denominada de Mutirão Digital vai oferecer a comunidade os serviços de manutenção preventiva, formatação e manutenção corretiva de microcomputadores e notebooks.

O mutirão vai acontecer nos dias 8, 9 e 10/4 das 08h30 às 12h00 e das 13h30 as 17h00, no Infocentro Digital do Centro Social Urbano de Nordeste de Amaralina. Para ter acesso aos serviços do mutirão será necessária a doação de um quilo de alimento não perecível. Todo alimento arrecadado será doado a Creche Luigi Giussani, localizada no bairro do Lobato.

Para o professor, Fábio Crispim, idealizador do mutirão, será um grande benefício para comunidade, principalmente para aquelas pessoas que não tem condições de solicitar a presença de um técnico de informática para concertar seu computador. O professor de Helpdesk falou ainda sobre a importância da atividade para os alunos. “Os alunos poderão colocar em prática seus conhecimentos adquiridos e o melhor disso é que estarão ajudando a sua comunidade. Para mim esse mutirão será de grande ajuda para ambas as partes”, finalizou Fábio.

Durante o mutirão os jovens terão a oportunidade de desenvolver a capacidade de lidar com situações-problemas reais na condição de suporte ao usuário, desenvolver a habilidade de identificar defeitos, realizar diagnóstico em computadores e solucioná-los, compreender a necessidade de uma dimensão social do trabalho, ofertando seus serviços à sua comunidade, além de aprimorar a habilidade de comunicação (relação com o usuário) e relação interpessoal (trabalho em equipe).

Os alunos serão divididos em equipes para realização da atividade e devem preparar um relatório de atendimento que será entregue ao professor. A pretensão do mutirão é atender pelo menos 180 pessoas durante os três dias.

Esta é a segunda turma do projeto na comunidade do Nordeste de Amaralina. O Semeando Ciência no Pacto Pela Vida é um projeto fruto da parceria da Avsi Nordeste com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e é financiado pela União Europeia.

Equipe do Semeando Ciência se reúne com pais dos alunos do Nordeste de Amaralina

20150311_142740Nesta quarta-feira, 11, a equipe do Semeando Ciência se reuniu com os pais dos jovens que participam do projeto na comunidade do Nordeste de Amaralina. O encontro aconteceu no Centro Social Urbano do Nordeste, onde acontecem também as aulas do projeto.

A reunião foi conduzida pelo coordenador do projeto, Danillo Holzmann, que explicou como se deu o projeto e a parceria entre a Avsi, o governo do Estado da Bahia e a União Europeia.

Na reunião o corpo docente do projeto se apresentou e falou um pouco sobre a disciplina que cada um ministra. O professor da disciplina de formação humana, Mário Oliveira, fez questão de falar da importância da participação dos pais neste processo de aprendizado dos jovens. “Pode ser que vocês não consigam ensinar a parte técnica de Fábio, o português de Egberto nem a psicologia de Fernanda, mas só em dar apoio aos alunos para tenham a certeza de que se forem cair tem alguém ali atrás pra segurar, já é suficiente”, concluiu Mário.

O encontro foi marcado também por uma novidade. Os jovens poderão contar a partir de agora com a ajuda de monitores na sala de aula. Os monitores são Carol Nascimento, 17 e Guilherme Menezes, 19, que foram alunos do Semente de Ciência, projeto com o mesmo perfil do Semeando. Eles vão auxiliar o professor de Helpdesk, Fábio Crispim, durante a aula.

Ao final da reunião os pais puderam conversar particularmente com cada professor sobre o desempenho dos alunos e se mostraram muito satisfeitos com o trabalho desenvolvido pela equipe do projeto.

Aline Cordeiro, mãe da jovem Mariana Cordeiro e tia de Milena Daltro fez questão de parabenizar a equipe. “É bom ver o tesão que vocês tem pelo trabalho de vocês. Parabéns pelo trabalho de vocês e que nunca percam esse brilho. Que bom que nossos filhos estão com vocês”, pontuou Aline.

Na comunidade do Nordeste de Amaralina o projeto já formou uma turma e está atuando pela segunda vez.

O Semeando Ciência no Pacto Pela Vida é um projeto fruto da parceria da Avsi Nordeste com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, antiga Sedes, e é financiado pela União Europeia.

 

Minha Comunidade (Micaell Sodré)

IMG_0511Uma comunidade que como muitas de Salvador sofre com os problemas urbanos como saneamento básico, violência, tráfico de drogas entre outros, mas que também pode ser citada em pontos positivos. Se em uma pequena parte da comunidade, a violência e o tráfico de drogas, vem prevalecendo. Em outras áreas do Nordeste de Amaralina, podemos ver a criação das Bases Comunitárias.

Por meio de um pequeno passeio para execução do trabalho da disciplina LLT (Língua, Linguagens e Tecnologias), foi vista duas realidades de uma comunidade, no alto do Nordeste, temos posto de saúde, Final de Linha de ônibus, Bases Comunitárias e delegacias. E nas vielas escondidas uma realidade da comunidade mais triste, com o tráfico de drogas agindo sobre jovens oprimidos, sem sonhos, sem expectativas e que acabam roubando a cena nos noticiários, deixando a impressão para quem vê de longe que o bairro é infestado de jovens soldados de vícios chamados: crack, cocaína e maconha.

Essa pequena parte do Nordeste que vem se estragando na criminalidade, deixando o desejo de se envolver com o que não vale a pena falar mais alto, vem levantando a má fama que o Nordeste adquiriu por conta da violência. Mas é através dos jovens que estão dando uma boa resposta a sociedade, buscando estudar, fazendo cursos para alcançar o seu primeiro emprego, que se pode provar que a comunidade do Nordeste de Amaralina também tem muitos vencedores.